Em 2010 foi criada no Porto uma empresa que tinha como objetivo desenvolver projetos de consultadoria, construção e gestão imobili...

Os Negócios, os Sócios e a empresas de fachada de C.P





Em 2010 foi criada no Porto uma empresa que tinha como objetivo desenvolver projetos de consultadoria, construção e gestão imobiliária. A empresa tinha como sócio gerente Pedro Lima ( filho de Duarte Lima)e Vítor Raposo, empresário do ramo imobiliário, imortalizado pela sociedade que também mantinha com Duarte Lima. Os negócios envolvendo uma mega fraude ao BPN acabariam por levar à sua condenação por burla qualificada, corrupção, fraude, gestão danosa e falsificação de documentos. Apesar da pena de oito anos e de ser arguido em dezenas de processos por fraude, manteve a sociedade com C.P
Em 2010, enquanto Carlos Pinto reinava, Vítor Raposo e Pedro Lima “faturavam” sem rei nem roque na (Covilhã).
Em 2006, Vitor Raposo comprou diversos lotes de terreno ao Município da Covilhã (governado por Carlos Pinto), arrematação dos dois lotes iria dar origem a dois edifícios e habitação de grandes dimensões, situados perto da rotunda do Hotel de Santa Eufémia e do Centro Comercial Serra Shopping.
De acordo com a investigação judicial que o Covilhã Papers teve acesso, o número de apartamentos e de pisos autorizados é superior ao que tinha sido fixado no alvará de loteamento e no programa de hasta publica através da qual Vitor Raposo comprou os lotes ao município.
Estranhamente, o auto de arrematação dos dois lotes na hasta pública realizada em 22 de Agosto de 2015 foi assinado pelo vereador do pelouro com a data de 3 de agosto, o documento não refere ainda se Vitor Raposo foi o único concorrente a licitar os lotes ou se houve outros participantes.
O número de pisos (12) e a área de construção excediam os parâmetros que serviam de base à hasta pública e ao cálculo dos valores.
O licenciamento dos dois edifícios começou por ser requerido por Vítor Raposo, mas logo a seguir a propriedade passou para o nome da Duliserra, e para Dulivira duas sociedades detidas por Pedro lima e Vitor Raposo.
Em 2014, depois de ter abandonado a presidência do município da Covilhã e de ter assumido a “gestão do património”, entretanto arrecadado, passou a liderar a Imobiliária TCT.
Os documentos da sociedade a que o Covilhã Papers teve acesso, revelam como o sócio gerente Carlos Pinto , apesar de fazer parte da sociedade desde 2010, integrava a empresa imobiliária apesar de não aparecer oficialmente como Sócio gerente e de não declarar esta posição estatutária na declaração de rendimentos do Tribunal Constitucional.
Em 2014, Carlos Pinto passa definitivamente a liderar os negócios da sociedade substituindo Vitor Raposo, sobretudo depois deste ter sido condenado a 8 anos de prisão por burla agravada.
Ao longo de vários anos três personagens criaram diversas sociedades e multiplicaram negócios e esquemas de faturação de milhões, aproveitando a condição privilegiada de um autarca que governava como um ditador, obrigando altos quadros do município a cederem aos seus desejos.
Vitor Raposo, Pedro Lima e Carlos Pinto são 3 figuras que se cruzam em dezenas de negócios na Covilhã, mas também em Lisboa e em Espanha. Aliados inseparáveis criaram várias sociedades eliminando em cada etapa o rasto do dinheiro e multiplicando as holdings sediadas em offshores.
Ao longo de vários anos o Fiscal único da sociedade Imobiliária foi sendo substituído para que o rasto do dinheiro não tivesse uma testemunha directa, mas a Covilhã Papers sabe que a justiça e os meios judiciais solicitaram já documentos comprovativos da existência da sociedade , assim como os respetivos averbamentos que comprovam a intencionalidade de “faturar” enquanto ainda desempenhava funções de autarca.
Tal como Isaltino ou Avelino Ferreira Torres, são as pegadas e as portas mal fechadas que os fazem regressar ao local do crime.
O homem que liderou a Câmara da Covilhã durante 20 anos é o mesmo que criou uma sociedade para fazer negócio com Vítor Raposo e Pedro Lima (filho de Duarte Lima) - dois empresários condenados por burlas, corrupção e fuga ao fisco no processo Homeland que envolveu uma mega fraude ao banco BPN.
Nesta edição apresentamos o documento que revela todas as etapas da criação da sociedade TCT e prova a ligação entre os três cavaleiros do apocalipse- Carlos Pinto- Viíor Raposo- Pedro Lima.
Brevemente, vamos conhecer como é que a partir desta sociedade surge uma empresa espanhola sediada em Malta que passa a gerir alguns dos empreendimentos comercializados pela TCT Imobiliária e como é que uma filha de um autarca se transforma numa grande herdeira .
Em 20 anos, 43 apartamentos resulta numa média de 2 apartamentos e meio por ano. Nas próximas edições vamos revelar registos prediais das casas e os respetivos testas de ferro.
O encontro com a verdade e a justiça pode tardar.... mas está a chegar!

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